Projeto para
uma moradia unifamiliar na Beira Interior, inspirado na arquitetura tradicional
da região.
Como grande
condicionante, o cliente impunha manter ao máximo a vinha existente, devendo a
moradia ser implantada num dos extremos do terreno, junto da estrada de acesso.
Quanto ao
programa, simples e pouco exigente, era limitado apenas pelas normas e
condicionantes municipais, principalmente relativo às áreas de construção
permitidas.
Em vez de
serem encarados como problemas, os condicionalismos foram encarados como parte
da solução. Por exemplo, ao se implantar a casa junto da estrada perde-se
privacidade, mas, ganha-se acessibilidade, ou seja, um problema está resolvido
só temos de resolver o outro.
Outro
exemplo, ao termos de reduzir a área ocupada, para poupar a vinha, podemos agrupar
o programa numa forma simples, reduzir a construção e ganhar inércia térmica.
A este princípio,
juntou-se a inspiração da arquitetura vernacular da região, com formas
retangurares simples, alvenarias de pedra seca e coberturas de duas águas
continuas entre casas diferentes.
É assim que se
agrupam sob o mesmo telhado, de duas águas e forma retangular, a casa principal,
os anexos e os pátios cobertos.
Na casa a
alvenaria de pedra seca é substituída pela pedra moderna, o betão, neste caso com
blocos de tonalidade castanha.
A alvenaria
de pedra seca é mantida nos pequenos muros que delimitam o terreno, e é criado
um muro mais alto, em forma de ruína, que garante privacidade na zona do quarto
principal juntamente com um pequeno jardim.
Uma grande
grelha vertical integrada na forma da casa garante a privacidade do pátio
principal, uma extensão da sala.
A casa
abre-se para a vinha, a sul, estando toda ela recuada em relação à cobertura de
modo a garantir o sombreamento correto para proteção no verão e ganhos térmicos
no inverno.
Em breve
mostrarei o interior, bem como um vídeo de apresentação.
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